Casa da Fada Azul

Na casa da Fada Azul tem sempre biscoitos de gengibre, mel e canela, assando no forno!
Perfume de flores por toda parte...
Na casa da Fada Azul ouve-se risos de crianças, o cantar dos passarinhos e música suave, com flautas e sinos!

Sejam bem-vindos à casa da Fada Azul!


Em homenagem aos meus filhos, Dhayaram e Suraj, que amam fadas, principalmente a Fada Azul!

sábado, 16 de outubro de 2010

Meninos, meninas e a educação



Eu sou uma pessoa que está constantemente em crise com conceitos e estilos de vida. Se, por um lado, isso é ruim, por outro é muito bom, porque, como já dizia o Raul Seixas, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante" (e é por isso que tem gente que odeia libriano: dizem que nós somos "vira-casaca").

O fato é que eu sou feminista desde que me entendo por gente. E eu vivo explicando pros outros que eu não sou anti-homem, que eu gostaria que chegássemos num patamar de igualdade, com salários iguais, nível de exigência igual etc. Será que eu deveria me chamar, então, "igualista"?

Por que estou dizendo isso? Porque há algum tempo, no jornal, li que "meninas de apenas 4 anos se acham mais inteligentes que meninos", segundo pesquisa da Associação Britânica de Pesquisas Educacionais. Até aí, tudo bem: homens e mulheres têm suas peculiaridades e eu acho que, quando aprendermos a viver bem com elas, o mundo será um lugar melhor.

O que me incomodou nesse artigo é que "os professores têm expectativas mais altas para as garotas, crença que acaba sendo passada para os alunos e pode afetar seu desempenho".

Espera aí! Sou mãe de um menino. Não quero que os professores dele achem que ele não é capaz ou que sintam pena dele achando que ele é menos esperto do que uma menina.

Quero uma sociedade em que todos possam viver com mais igualdade, e não uma em que os preconceitos, de uma hora pra outra, se invertam.

O trabalho de pessoas como Guacira Lopes Louro, que trabalha com questões de educação e gênero, que tenta mostrar como não agir com preconceitos em sala de aula em relação às meninas, irá por água abaixo se apenas colocarmos os meninos "na bola da vez".

Danielle Sales

2 comentários:

Rô Rezende disse...

Falou tudo! rs... Eu tenho um pouco de receio com o termo feminismo, porque para mim acaba sendo como o machismo, só que ao contrário, sabe? Não que eu ache que fazemos isso de propósito, foram tantos séculos de submissão, algumas de nós somos tão machistas (inclusive, eu) que para relembrar que somos nós, mulheres, acabamos negando o masculino, ressentidas dos homems. E tão difícil quanto reencontrar a força de ser mulher é saber valorizar o masculino também.

Sinceramente, acho que não fomos só nós que nos perdemos no caminhos, grande parte da masculinidade também se perdeu. E tão difícil quanto criar uma menina sabendo seu valor, é criar um menino, que valorize as mulheres e a si mesmo.

Que saibamos buscar sempre pelo equilibrio, caminhemos, todos, homens e mulheres, pelo caminho do meio.

Danielle disse...

Adorei seu comentário, Rô. Apareça sempre!